ATA DA TRIGÉSIMA OITAVA
SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 08-5-2013.
Aos oito dias do mês de
maio do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze
minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto
Ferronato, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Guilherme Socias Villela, João Carlos
Nedel, João Derly, Jussara Cony, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila, Paulinho
Motorista, Paulo Brum e Professor Garcia.
Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto
Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo,
Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Lourdes Sprenger, Luiza
Neves, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica
Leal, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha
Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal. A seguir, por solicitação do vereador
Dr. Thiago, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma à senhora
Maria Isabel Munhos de Freitas, falecida no dia de ontem. Em prosseguimento,
nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o senhor Presidente
concedeu TEMPO ESPECIAL ao vereador Engº Comassetto, que relatou sua
participação, em Representação Externa deste Legislativo, nos dias seis e sete
de maio do corrente, na 7ª Reunião da Coordenação-Executiva da 5ª Conferência
Nacional das Cidades, em Brasília – DF. Em continuidade, foi efetuada
verificação de quórum para ingresso na Ordem do Dia, constatando-se a
inexistência de quórum deliberativo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador
João Derly. Após, o senhor Presidente registrou o transcurso, hoje, do
aniversário do vereador Paulo Brum. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram:
em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 037/13, discutido pela
vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores Engº Comassetto e Elizandro Sabino;
em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 048/13, discutido pelos
vereadores Alberto Kopittke, Engº Comassetto e Elizandro Sabino. Também, o vereador Idenir Cecchim
manifestou-se durante o período de Pauta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Séfora Mota, Airto Ferronato, Sofia Cavedon,
Elizandro Sabino, Bernardino
Vendruscolo, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Engº Comassetto e Luiza Neves.
Na oportunidade, foi apregoado o Memorando nº 022/13, de autoria da vereadora
Jussara Cony, deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para
representar externamente este Legislativo, do dia de hoje ao dia dez de maio do
corrente, na 8ª Edição do Mental Tchê 2013, no Município de Lourenço do Sul –
RS. Durante
a Sessão, o vereador Idenir Cecchim manifestou-se acerca de assuntos diversos. Ainda, foi
registrada a presença, neste Plenário, da senhora Asuncion Romacho Ortiz, avó da vereadora
Any Ortiz. Às quinze horas e cinquenta e cinco minutos, o senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão
Ordinária de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago,
Bernardino Vendruscolo, João Carlos Nedel e Tarciso Flecha Negra e
secretariados pela vereadora Sofia Cavedon. Do que foi lavrada a presente Ata,
que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Solicito um
minuto de silêncio pelo falecimento da irmã do Ver. Delegado Cleiton. Desde já,
comunico que o enterro será hoje, às 15h, no Cemitério São Miguel e Almas.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver.
Engenheiro Comassetto está com a palavra em Tempo Especial.
O SR. ENGº
COMASSETTO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhoras e senhores, nos
últimos dois dias, segunda-feira e terça-feira, participei da Coordenação
Executiva da 5ª Conferência Nacional das Cidades, como membro que sou do
Conselho Nacional das Cidades, representando os Vereadores do Brasil.
A organização da 5ª Conferência é uma etapa, é
um processo que está construindo no Brasil o Sistema Nacional de
Desenvolvimento Urbano. Todos nós debatemos no dia a dia os grandes problemas
das cidades, mas os grandes problemas das cidades não terão resoluções se
ficarem somente na responsabilidade dos Municípios. A partir do Governo Lula
foi constituído o Ministério das Cidades - hoje é presidido pelo Deputado
Aguinaldo Ribeiro -, que tem a incumbência de construir a política de
desenvolvimento para os Municípios, ou seja, o Ministério das Cidades. Dentro
dessa política do desenvolvimento urbano está se construindo o Sistema Nacional
de Desenvolvimento Urbano, que envolve a responsabilidade da União, dos
Estados, dos Municípios e da sociedade civil. Este ano o processo estará
realizando a 5ª Conferência Nacional das Cidades, que acontecerá em Brasília,
nos dias 20 e 21 de novembro. Até lá, todas as cidades brasileiras deverão realizar
as suas conferências. Aqui, em Porto Alegre, a Conferência Municipal será nos
dias 24 e 25 de maio; e a Conferência Estadual das Cidades será no mês de
setembro.
Portanto, eu quero convidar aqui os colegas
Vereadores para participar desse processo, porque tem representação do
Legislativo Municipal, do Executivo, e todas as agendas que dizem respeito aos
programas e projetos de desenvolvimento passam pela construção dessa política.
Nesses últimos dois dias nós trabalhamos no
sentido de fazer toda a campanha da divulgação, nacionalmente; trabalhamos na
questão do regulamento da Conferência; trabalhamos na questão dos temas da
Conferência, que são quatro eixos temáticos. Este ano, a Conferência tratará
dos temas Reforma Urbana Já e a Consolidação do Sistema Nacional de
Desenvolvimento Urbano, que trata da aplicação dos mecanismos legais para o
desenvolvimento urbano, que trata da criação do Fundo Nacional de
Desenvolvimento Urbano, que trata do papel dos entes federativos Município,
Estado e União nesse processo. Portanto, esse é um tema que está em construção.
Eu venho aqui, como tenho feito todas as vezes
que participo do Conselho Nacional das Cidades, porque tenho uma representação
no Fórum Nacional dos Vereadores pela Reforma Urbana. Aproveito para convidar,
novamente, todos os Vereadores e Vereadoras que quiserem compor esse Fórum
Nacional da Reforma Urbana, que é plural e tem como pauta a construção das
cidades e o tema da Reforma Urbana. Nós debatemos muito nesta Casa, sabemos dos
problemas que existem na nossa Cidade, e os problemas das demais cidades também
são muito semelhantes aos nossos.
Então, a 5ª Conferência Nacional das Cidades tem
por objetivo trabalhar a consolidação do Sistema Nacional de Desenvolvimento
Urbano. Muito obrigado, um grande abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Solicito a abertura do painel eletrônico, para
verificação de quórum, para entrarmos na Ordem do Dia. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Dezoito Vereadores presentes. Não há quórum.
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, convidamos
aqueles que puderem se fazer presentes para comparecer no velório da irmã do
Ver. Delegado Cleiton.
(O Ver. Bernardino
Vendruscolo assume a presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. João Derly está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
DERLY: Boa-tarde,
Sr. Presidente e demais Vereadores; público nas galerias; público que nos
assiste pela TVCâmara; em nome do nosso Partido venho falar sobre uma das
importantes bandeiras que tenho defendido no meu mandato, que é o esporte e a
educação. Um dos projetos, que está tramitando nas Comissões e vai passar agora
pela CCJ, é referente à destinação de 100% dos royalties do petróleo para a Educação. Também foi apresentada pelo
Ver. Alberto Kopittke uma Moção de Solidariedade, que votaríamos hoje, de apoio
à ação da nossa Presidente Dilma na emissão da medida provisória para a
destinação desses 100% dos royalties
para a Educação.
Nesse intuito, ontem foi lançado o Projeto
Atleta nas Escolas, um projeto de três importantes Ministérios, em conjunto,
fortalecendo essas bandeiras que tenho defendido, que são os Ministérios do
Esporte, da Educação e da Defesa, para que possam ter competições para
descobrir os talentos do esporte dentro das escolas, o que é de extrema
importância. No final do ano vamos ter uma avaliação para encaminhar essas
crianças, com a ajuda do Exército, para um treinamento de alto rendimento, o
que vai facilitar bastante a descoberta dos atletas nas mais diversas
modalidades.
Trago aqui uma notícia muito importante, que
recebi com muita alegria: UNESCO declarou o judô como o melhor esporte inicial
formativo para crianças e jovens de 4 a 21 anos, e o Comitê Olímpico
Internacional – COI, o declarou como o esporte mais completo. Vou ler o texto
(Lê.): “A UNESCO declarou o judô melhor esporte como formação inicial para as
crianças e jovens de 4-21 anos, e uma prática regular em qualquer idade,
permitindo uma ‘educação física integral’, promovida, através do conhecimento
do esporte, todas as possibilidades psicomotoras (localização espacial,
perspectiva, ambidestra, lateralidade, jogar, puxar, empurrar, rastejando,
pulando, rolando, caindo, coordenação conjunta e independente de ambas as mãos
e os pés, etc.) e de relacionamento com outras pessoas, utilizando a luta como
um integrador dinâmico e introduzindo táticas técnicas do esporte em iniciação
de forma adaptada, além de buscar uma adequação geral e ideal. O COI considerou
o esporte mais completo que promove os valores da amizade, participação,
respeito e esforço para melhorar.” Então, com muita alegria, eu trago essa
notícia de um esporte que eu vivenciei por tantos anos na minha vida. Tenho o
prazer, agora, de ver os meus colegas de gabinete praticando o judô, fazendo o
treinamento, e vão fazê-lo durante o horário de almoço; e tenho o prazer de ver
todos os benefícios que esse esporte traz para a nossa juventude, para as
crianças, para os jovens.
Espero que nesta Casa possamos valorizar essa
integração entre o esporte e educação, para que possamos desenvolver ainda mais
a nossa juventude e proporcionar o alcance dos seus desejos – que é o nosso
desejo – de uma sociedade ainda melhor, uma sociedade fortalecida, uma
sociedade que saiba lidar com as dificuldades sem nunca pender para o lado
negativo. Então, que este Legislativo possa estar lutando por um maior
orçamento no esporte e na educação. Esse é o meu desejo e meu pedido,
encarecidamente, aos demais Vereadores. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0666/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 037/13, de autoria da Verª Séfora Mota, que
proíbe as casas noturnas e os locais de espetáculos de utilizar comandas ou
cartões com pagamento posterior ao consumo e dá outras providências.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0727/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 048/13, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que
obriga a exibição de vídeos educativos com conteúdo antidrogas em aberturas de
eventos culturais com grande público no Município de Porto Alegre. Com Emenda nº 01.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Antes de chamar o primeiro Vereador
inscrito em Pauta, queremos, em nome da Presidência da Casa, homenagear o nosso
Ver. Paulo Brum, que está de aniversário hoje. Parabéns!
O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu acho que o que mais está
em pauta, no dia de hoje, por falar em pauta, são os assaltos que estão
acontecendo em todo o Rio Grande do Sul, numa frequência impressionante. Não há
mais tranquilidade, nem vontade de permanecer perto de um banco, de um posto de
gasolina, de uma farmácia, não se tem coragem de ficar próximo disso, muito
menos trabalhar nesses locais. Nos postos de gasolina, todas as noites, há um,
dois, três assaltos. Vou condenar a Brigada Militar? Não! A Polícia Civil? Não!
O Estado é que tem que dar mais segurança, inclusive, para a Brigada Militar,
porque quem está sendo assaltado, no Interior, é a Brigada Militar; quem está
sendo desarmada, no Interior do Estado, é a Brigada Militar.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Um momento, Ver. Idenir Cecchim. A pedido
dos Vereadores – e com razão – peço que V. Exa. se atenha à Pauta.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Certamente,
Presidente, eu confundi a pauta do dia, que é a insegurança no Rio Grande do
Sul, com a Pauta dos projetos. Fiz uma pequena confusão, Ver. Villela, isso é a
falta de prática na tribuna.
Estou vendo aqui os projetos, sobre os quais se
discutiria hoje, extinguindo Funções Gratificadas no DMAE e criando CCs. Eu
acho que foi bom não termos votado isso hoje, até para a gente poder verificar,
eu não tinha olhado. Vou pegar esse Projeto e estudá-lo um pouquinho mais até a
próxima segunda-feira. Certamente vou ter mais condições de estudar o Projeto,
Ver.ª Lourdes Sprenger, e verificar como se extinguem as Funções Gratificadas e
se criam os CCs. Só para estudar, para ver qual é a repercussão, provavelmente
dê uma repercussão positiva nessa troca.
Temos aqui o Projeto do Ver. Márcio Bins Ely,
que obriga a inclusão de conteúdo sobre a Campanha da Legalidade na disciplina
de História, ministrada nas escolas da Rede Municipal de Porto Alegre. Eu acho que a história deve ser
ensinada, os livros devem ser atualizados, agora, eu não sei se, daqui a
pouquinho, vou querer contar a história do Camelódromo aqui nas escolas
municipais, contar a história do Loureiro da Silva, que foi um grande Prefeito,
a história do Otávio Rocha. Eu acho que, se nós falarmos das pessoas
importantes que o Rio Grande teve, independente de quaisquer que sejam os seus
Partidos, eu vejo mérito nessa proposição do Ver. Márcio Bins Ely.
Aqui eu vejo um Requerimento do Ver. Alberto
Kopittke, requerendo Moção de Solidariedade à Presidente Dilma Rousseff pela
decisão de destinar 100% dos royalties
do Pré-Sal para a educação pública. Bom, aqui eu acho que é um pega-ratão da
Presidente. Eu acho que antes ela tem que saber para quem vai os royalties. Ela ainda não sabe. Na hora
de sancionar ou vetar, ela vetou pela metade, para devolver ao Congresso.
Então, Ver. Alberto Kopittke, eu estou meio na dúvida de no que eu estou
votando. Ela quer dar 100% dos royalties
para a Educação, mas quais os royalties?
Para quais os Estados? Quanto por cento vai para cada Estado? Então, a
Presidente Dilma não precisa desse apoio; eu acho que precisa de Ministros que
a assessorem diretamente, que digam para ela o que é que vai ser bom, o que o
Congresso diz, ou, senão, nós vamos mandar o Ver. Engº Comassetto, que é o
nosso Vereador federal, para lá, para ajudar a Presidente Dilma a decidir esse
negócio do petróleo, e ajudar também a aprovar a Moção do nosso Ver. Alberto
Kopittke.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Eu cumprimento o Ver. Idenir Cecchim. Na
verdade, respeitosamente, V. Exa. está totalmente perdido, porque, da Pauta de
hoje, eu preciso fazer a leitura. (Lê.): “PLL nº 037/13, de autoria
da Ver.ª Séfora Mota, que proíbe as casas noturnas e os locais
de espetáculos de utilizar comandas ou cartões com pagamento posterior ao
consumo e dá outras providências.” E o outro Projeto. (Lê.): “PLL nº
048/13, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que obriga a
exibição de vídeos educativos com conteúdo antidrogas em aberturas de
eventos culturais com grande público no Município de Porto Alegre.” Com
certeza, V. Exa. deve ter pegado a Pauta do dia anterior.
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Só para esclarecer, eu não estou perdido, eu achei que a pauta importante do
dia era a falta de segurança.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Eu tenho obrigação de coordenar os
trabalhos dentro daquilo que determina o nosso Regimento, e peço
encarecidamente aos Vereadores que, na Pauta, se atenham exatamente àquilo que
está em Pauta. Hoje, nós temos dois Projetos em Pauta: o PLL nº 037/13 e o PLL
nº 048/13, só para nos organizar e coordenar os trabalhos de forma a ter a
concordância de todos os colegas e não gerar nenhum atrito. Muito obrigado.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Bernardino; senhores, senhoras, Vereadores, Vereadoras;
comento aqui o PLL nº 037/13, de autoria da Ver.ª Séfora Mota,
que proíbe as casas noturnas e os locais de espetáculos de utilizar comandas ou
cartões com pagamento posterior ao consumo e dá outras providências. Este
Projeto refere-se ao problema seriíssimo que aconteceu em Santa Maria, e em
outras situações que já tivemos notícia, que a segurança não quer deixar sair
porque as pessoas não acertaram a conta. Eu acho muitíssimo adequado, temos que
ver como isso deve funcionar, mas é uma maneira de facilitar a saída em uma
situação de emergência.
A cidade de Porto Alegre viveu situações muito
graves, não é em um aspecto só que se deve levar em conta em relação às casas
noturnas, aos entretenimentos, às grandes atividades que reúnem milhares de
pessoas. O nosso Projeto deve tramitar e discutir o tema dos seguranças, de
quem garante a segurança física das pessoas nas festas, nos eventos de futebol.
Nós tivemos a situação de uma boate, nesta Cidade, em que os seguranças saíram
correndo atrás de um jovem e o assassinaram. Um jovem que não tinha ficha
pregressa, que tinha tido um desentendimento dentro da boate; saíram brigando
porta afora, os meninos até se mandaram, mas os seguranças pegaram um táxi,
fizeram uma volta, o pegaram três esquinas depois e o acertaram com um tiro –
um jovem iniciando sua vida.
São “n” situações que estão assolando nossa
juventude. É o tema, sim, do álcool, e acho que nós temos de fato, hoje,
políticas muito sérias, muito duras que estão conscientizando, que estão
trabalhando, como a Operação Balada Segura. Devo elogiar a ação do nosso
Estado, há dois anos, trabalhando a Balada Segura na forma de conscientização,
em parceria com a EPTC, mas abordando, panfletando, com materiais de
divulgação, com materiais que, para nossa juventude, são muito importantes para
desligar o piloto automático, uma lógica maluca de beber e dirigir pós-festas.
Então, são todos mecanismos necessários! Nós vivemos o episódio, esta semana,
do Cabaret. Eu quero concordar, por mais que tenha uma relação boa com o
Secretário Goulart, que os termos usados por ele não foram adequados, dizendo
que se tratava de uma pocilga e não reconhecendo o problema da Prefeitura. E
devia reconhecer porque nós sabemos que a nossa Prefeitura não é diferente das
outras, ela não tem estrutura, não tem fiscalização. As fiscalizações sempre
funcionaram, Ver. Airto, reativamente, diante de denúncia. Ou seja, deve ter
“n” situações de irregularidade, de risco, de inadequação, de alvará para uma
coisa e funcionamento com outra. Nós temos que mudar a nossa cultura; temos que
ter uma cultura muito mais severa, na minha opinião, um tratamento com muito
mais seriedade do que determina a legislação; a cultura de muita flexibilidade
do brasileiro pode ser nefasta.
Agora eu chamo a atenção, Ver.ª Séfora, para uma
outra dimensão, que é a da fiscalização e da reorganização das nossas escolas.
Nós estivemos em escolas infantis próprias da Prefeitura – próprias! Quero
falar desse tema porque a escola que nós visitamos, nós, leigos, identificamos
como uma arapuca. O Ver. João Derly estava presente, o Ver. Tarciso. A escola
tem um corredor que chega lá num cantinho onde as crianças têm o vídeo. Aquele
cantinho até tem uma porta para rua – é um corredor longo –, e essa porta é
trancada. “E a chave fica onde, Diretora?” “Ah, a chave fica lá na portaria, lá
na frente.” Se pegar fogo, morrem todas as crianças naquele canto. Nós alertamos
a escola naquele momento, e a escola nos colocou – escola infantil própria –
que não tinham formação para manusear extintores, que pediam cursos e não
conseguiam. Nós sabemos que a situação das EMEIs – eu estou recebendo, em nome
da CECE, muitos e-mails... falta
muito pessoal nas escolas infantis, Ver. Bernardino, é gravíssima a situação,
eu falarei sobre isso, na sequência, no tempo de Liderança. Então, imaginem
numa situação de risco sem treinamento, sem equipamentos de proteção de
incêndio; a maioria das escolas não está adequada, não está analisada. Atenção,
sinal de alerta! Todas as medidas são necessárias, é preciso que a Prefeitura
tenha humildade e reorganize a sua forma de fiscalizar, de implementar
segurança e de dar conta da sua responsabilidade, porque eu concordo com a
polêmica que houve em relação a Santa Maria: “Ah, está indiciado o rapaz do
Fandangueiros que usou o fogo lá, foi uma infelicidade”. É uma infelicidade – e
eu encerro –, mas e a Prefeitura? A grande responsabilidade é de quem licencia,
gente! A responsabilidade de dizer: “Não dá!”, e fiscalizar.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Obrigado, Ver.ª Sofia Cavedon.
A Ver.ª Séfora Mota está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. SÉFORA MOTA:
Boa-tarde,
querido Presidente; boa-tarde, caros colegas. Venho aqui apresentar o meu
Projeto denominado cartão-balada. A ideia surgiu logo após o acidente ocorrido
em Santa Maria. No momento em que fiquei sabendo da notícia, pensei que
provavelmente teriam barrado a saída das pessoas porque é isso que os
estabelecimentos fazem, já que não querem levar prejuízo.
Este Projeto prioriza, principalmente, a questão
da segurança. Conversamos com a SMIC, que se mostrou favorável ao Projeto.
Entrei em contato, também, com o Corpo de Bombeiros, quando se fala tanto em
prevenção, em segurança, e uma das coisas que eles me relataram é que, por
diversas vezes, em vistorias em algumas casas noturnas que têm a chamada porta
corta-fogo, essa porta está trancada porque o proprietário não quer ter
prejuízo.
É um Projeto muito simples, é um Projeto que
proíbe a cobrança posterior em casas noturnas, o que pode, depois, ser levado
para vários outros estabelecimentos, como os bares.
Neste Projeto, coloco três modalidades: o
pagamento direto ao barman; a
aquisição de fichas; e o cartão-balada, que seria o cartão adquirido no começo
da noite. Já que a maioria das casas já faz um cadastro na hora em que as
pessoas entram, nesse momento os créditos seriam colocados no cartão, aquilo
que acham que vão gastar na noite. Sobrando créditos, haveria a opção de
retirá-los naquela noite ou de gastá-los em outra ocasião, o que favoreceria a
fidelização do cliente.
Então, eu vejo muitos pontos positivos e peço o
olhar carinhoso de vocês para o Projeto, porque ele é muito bacana. Fora do
Brasil, já não se usa mais comanda para pagar no final da noite, já se paga
tudo de maneira antecipada. Muito obrigada pela atenção de vocês.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Airto Ferronato está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO
FERRONATO:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores; eu ia
falar um pouco mais tarde em Liderança, mas vou aproveitar agora, depois da
manifestação da Ver.ª Séfora, até porque também tenho uma ideia de proposta que
já encaminhei à Câmara com relação a esses locais de eventos onde se reúne um
grande número de pessoas.
Estou apresentando uma Emenda a um Projeto
sugerindo que essas casas mantenham um vídeo com a simulação de movimento de
saída em casos de incêndio ou outra catástrofe qualquer. A ideia é muito
simples e barata. O estabelecimento faria um vídeo simulando a situação, e esse
vídeo poderia ser colocado na Internet. A ideia é que, lá na minha casa, o meu
filho, quando sair para ir a um evento, vai acessar o vídeo do estabelecimento
x e vai saber a capacidade do estabelecimento, vai ver, na simulação, as portas
de saída, onde elas estão, vai ver o layout
interno do local.
Quero cumprimentar a Ver.ª Séfora, que tem outra
ideia e que também apresenta. Acho que, no conjunto, podemos montar uma
proposta de lei interessante para a cidade de Porto Alegre, porque como está
não dá para continuar.
Mas quero falar sobre a barbaridade do formol no
leite, formol no leite! Foram presos empresários e funcionários do setor de
laticínio. Está na hora de nós pensarmos em penas severíssimas para esse tipo
de ação. E vou dizer que a minha pena seria a pena de morte para terminar com o
assunto! Não é possível que empresas coloquem formol no leite – cem milhões de
litros de leite – que os nossos filhos, os nossos pais, que mais precisam, ou
que nós mesmos tomamos! Leite com formol e água, que, pelo que está escrito
aqui, é cancerígeno. Estamos pedindo pena severíssima para esse tipo de
atitude, pois não tem como nós convivermos com empresários que adotam tal
medida diabólica, causando câncer nos nossos cidadãos. Vou dar uma lida rápida
(Lê.): “Oito pessoas foram presas na ação, entre funcionários e empresários do
ramo. (...) Cinco empresas de transporte de leite teriam adulterado o produto
cru entregue para a indústria. Uma das formas de adulteração identificada é a
da adição de uma substância semelhante à ureia e que possui formol em sua
composição, na proporção de 1 kg deste produto para 90 litros de água e mil
litros de leite.” Cem milhões de litros de leite foram adulterados, um milhão
de quilos de ureia foi misturado. Foram identificados 14 lotes, aqui estão
listados os lotes. Está na hora de uma ação severa contra esse tipo de crime
hediondo em nosso País. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Alberto Kopittke está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE:
Estimados colegas, muito boa tarde; Ver. Bernardino Vendruscolo, Presidente;
venho, na discussão de Pauta de hoje, trazer o meu apoio ao Projeto da Ver.ª
Séfora Mota, um projeto muito importante, simples, mas que vai trazer uma
modificação cultural. Não é mais possível que os jovens fiquem trancafiados
dentro dos estabelecimentos. Como a Ver.ª Séfora Mota muito bem aqui falou, o
motivo que faz com que a porta de emergência fique trancada é o medo dos
proprietários de que as pessoas saiam sem pagar, por causa do sistema de comanda.
Então, este é um Projeto que proíbe a utilização de comanda; e é assim no mundo
inteiro. Em vários países que tive a oportunidade de conhecer, vi que a comanda
é algo quase único aqui. Mesmo em outros lugares do País já não se usa mais a
comanda. Há vários outros mecanismos, como o cartão pré-pago, que a pessoa pode
usar para pagar conforme ela vai consumindo. Este Projeto merece a atenção da
nossa Casa, vai impactar na vida dos jovens, e tem aqui o nosso apoio.
Aproveito para citar também um outro Projeto
referente às casas noturnas, que eu apresentei, que é para que cada casa
noturna instale um equipamento que conte o número de pessoas dentro dela. Conte
as entradas e saídas e informe exatamente quantas pessoas têm ali dentro.
Inclusive, essa informação tem de estar disponível na Internet para que o
pessoal possa fazer aplicativos, como esses que usamos nos celulares hoje, para
que possamos acessar pelo celular e ver quantas pessoas têm em cada casa
noturna. Além de evitar a superlotação, isso vai impedir que as casas noturnas
deixem as pessoas na fila, muitas vezes como fazem hoje, para mostrar que têm
público, que estão tendo procura. Elas deixam os jovens uma hora, uma hora e
meia na fila, seja inverno, verão, até na chuva. Com esse tipo de aplicativo nós
vamos poder saber, de casa, quantas pessoas estão dentro daquele
estabelecimento, e vão nos interessar mais as casas noturnas nas quais as
pessoas entrem logo. O Projeto da Ver.ª Séfora Mota vai mudar a cultura,
fazendo com que as pessoas frequentem várias casas noturnas numa mesma noite.
Isso é muito bom para a economia também dessa área cultural e para a vida
econômica da Cidade. Então, trago aqui o meu apoio.
Da mesma forma o Projeto que o Ver. Elizandro
Sabino apresentou, tornando obrigatória a apresentação de vídeos sobre drogas
em eventos públicos da Cidade. Este Projeto, na minha opinião, vem, sim, ao
encontro de uma política de conscientização, que é o que temos defendido aqui.
Ao contrário da linha que não tem dado nenhum resultado e que o País vem
adotando, de apenas uma mera repressão e que não resolve nada, nós temos, sim,
que fortalecer a capacitação das nossas crianças e adolescentes, para que cada
um, diante da situação do uso de substâncias, sejam elas lícitas ou ilícitas...
Porque eu sempre venho destacando que o álcool, já de forma sabida, é
responsável pelo maior número de violência que temos no País e no mundo todo.
Que esses jovens, que são defrontados nas suas próprias casas, assistindo aos
vídeos que o Ver. Sabino propõe - vídeos didáticos, pedagógicos, que mostrem
não aquela discussão moral sobre drogas, mas o que a substância causa no
organismo de cada um dos adolescentes -, reduzam o uso dessas substâncias.
Finalizo com uma pesquisa da USP, que perguntou
aos jovens por que não usavam drogas, e 70% disse que foi porque tinha
informações de qualidade na escola. Então, o seu Projeto vem nesse sentido, eu
o parabenizo e estaremos juntos pela sua aprovação. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Engº Comassetto está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Prezado
Ver. Bernardino, dirigindo os trabalhos; colegas Vereadores, colegas
Vereadoras; os dois Projetos em Pauta, do colega Sabino e da colega Séfora, têm
já o nosso apoio prévio para que possam rodar, ser discutidos e implementados
na Cidade. Um, porque trata da questão da segurança, principalmente, nas casas
de festas, nos bares; o outro, porque trata da juventude, precaução quanto às
drogas. São dois Projetos que têm o nosso apoio, que deveriam estar todos os
dias no centro dos nossos debates, porque a juventude busca cada vez mais a sua
participação na sociedade. E é cada vez mais nossa responsabilidade ajudar a
construir políticas públicas que possam construir uma cidade e uma sociedade de
paz.
Prezada Séfora, o seu Projeto, que vem num
momento de debate muito grande, que proíbe as casas noturnas e os locais de
espetáculos de utilizarem comandas ou cartões com pagamento posterior ao
consumo, certamente vai trazer uma agilidade no momento em que se precisar de
socorro numa casa dessas, e inaugura aqui a proposição de um instrumento que já
é utilizado no mundo todo, que é o cartão pré-pago: tu entras numa casa e
recebes um comando de consumo que pode ser utilizado a qualquer momento.
E me refiro também, pois acompanhei desde o
final de semana – o Ver. Cecchim me elogiava pelo trabalho que faço no Conselho
Nacional das Cidades, e eu agradeço, porque é um trabalho que ajuda a construir
essa política de desenvolvimento urbano –, ao caso do Cabaret e da postura
muito infeliz do nosso Secretário ao fazer uma comparação com uma casa de
criação de porcos. Eu quero dizer que fui na inauguração desse espaço cultural
de Porto Alegre, em 1992. Ele chamava-se Cabaret Voltaire porque esse era o
nome de um bar que existia em Zurique, onde na virada do século XX se reunia a
intelectualidade europeia para fazer grandes discussões, entre eles Lenin, que
foi o comandante da Revolução Russa. Só por isso tem esse nome. E ali é um bar
por onde passaram milhares e milhares de jovens de Porto Alegre e nunca houve
um incidente.
E aqui
eu quero me referir e cumprimentar o Cássio Cunha de Carvalho, que via Facebook
postou um documento a respeito desse espaço cultural e o que ele representa
para a sociedade de Porto Alegre.
Logo depois do episódio de Santa Maria, alguns
bares buscaram a adequação e a legislação, e o Cabaret foi um deles. Eu fui lá
com o Secretário Goulart e com o proprietário, quando ele estava reorganizando
o bar em função da adequação por precaução de todos os itens na questão da
segurança. Então, quero registrar que estive lá, junto com o Secretário
Goulart, acompanhamos, e estava sendo bem feito. Assim como fomos a outros
bares da Cidade. E dizer que ali, naquele espaço, o fogo começou pelo teto. Eu
gostaria muito de, num futuro próximo, prezado Presidente Bernardino, receber o
laudo da polícia que está fazendo a investigação, porque me “cheira” que aquele
incêndio foi criminoso. Quero registrar isso e dar todo o apoio às autoridades,
para que possam fazer uma averiguação profunda, porque nós também sabemos que
esses casarões antigos, Ver.ª Sofia, inclusive este que se localiza na Av.
Independência, estão na mira de demolidoras para construir prédios. Então, eu
gostaria que esse tema tivesse uma investigação muito profunda. E quero dizer
que esse bar não era só um bar, mas um espaço cultural da cidade de Porto
Alegre, com mais de 20 anos de atuação. Era o espaço cultural mais antigo da
nossa Cidade, por onde passaram, Ver. Bernardino Vendruscolo, milhares e
milhares de jovens e adultos, inclusive, pessoas da terceira idade, fazendo
apresentações de pinturas, poesias, escrituras e outros temas referentes à
nossa cultura, prezado Ver. Paulo Brum.
Então, venho aqui fazer um registro, que nós
precisamos dar todo o apoio à investigação para identificar a causa principal
daquele incêndio na Av. Independência, até porque a Prefeitura e o Secretário
Humberto Goulart liberaram o bar, com todas as exigências sendo cumpridas. Quando
milhares de jovens frequentam um bar, ele não pode ser uma pocilga.
Um grande abraço e o nosso apoio à Ver.ª Séfora
Mota, pelo seu Projeto; e ao prezado Ver. Elizandro Sabino, que também
apresenta o seu Projeto de Lei para que possam ter exibições para a juventude
no combate às drogas. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra
para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Vereadores, Vereadoras; agradeço aos
nossos Partidos da oposição pelo espaço. Vou tratar da Educação Infantil em
Porto Alegre, como anunciei. Nós estamos em tempo de determinação pelo Tribunal
de Contas, e há que se cumprir a legislação: o Plano Nacional de Educação e a
Emenda nº 59, da Constituição Federal, que determina que, a partir de 2016 –
portanto, até lá tem que se acelerar esse atendimento –, todas as crianças de
quatro e cinco anos tenham pelo menos quatro horas de atendimento em Educação
Infantil nos Municípios do País; quatro e cinco anos, pré-escola.
Ora, nós, desde fevereiro, na Comissão de
Educação, estamos trabalhando este tema. Já fizemos debate na TVCâmara, debate
na Comissão, visitas a creches e a escolas. Duas questões saltam aos olhos:
uma, a rede própria da Prefeitura, que é uma rede formada por 41 instituições
de Educação Infantil, turno integral; é uma rede pequena em relação à rede de
creches comunitárias conveniadas, que são 215 ou 216. Mesmo sendo pequena, é uma
rede que sofre muito com a falta de pessoal. Nós achamos, quando visitamos a
primeira creche, que era o problema de uma só; depois, o Ver. Tarciso me trouxe
outra e sugeriu outra visita. Depois, recebemos elementos por e-mail. Encontramos professores na
assembleia do Simpa. Há um problema seriíssimo de pessoal nas EMEIs do
Município de Porto Alegre: Educação Infantil, turno integral, crianças de zero
a cinco anos. Isso significa bebês de colo até criancinhas de cinco anos. Hoje,
encaminhamos este tema à SMED. Nós sabemos que o concurso para monitores
caducou; já era para ter sido organizado outro concurso para que se tivesse um
outro adulto ao lado dos professores. Portanto, as EMEIs estão com um número
exacerbado de estagiários cuidando das crianças de zero a cinco anos! Às vezes,
se tem três vezes mais estagiários do que adultos, funcionários contratados, e
os monitores e os adultos estão ficando sozinhos com grupos grandes de
crianças.
Vou ler dois depoimentos: “A situação nas
escolas municipais continua calamitosa. Turmas de berçário com um educador.”
Para os senhores e senhoras saberem, uma turma de berçário é composta por cinco
ou seis bebês. Um educador com cinco ou seis bebês é uma situação grave,
gravíssima, porque enquanto um bebê chora, o outro precisa ser trocado, o outro
nanado, o outro precisa ser alimentado. Nós sabemos que um adulto apenas não
pode cuidar de mais do que cinco ou seis bebês; aliás, já é muito pesado, a
regra não é essa.
“Pessoal da limpeza em desvio de função devido à
falta de pessoal.” Portanto, pegam o pessoal de limpeza para dar uma ajuda para
acomodar as crianças em sala de aula. “Turmas de maternal II [que são de
crianças de três aninhos, e nós conhecemos crianças de três anos, com as quais
temos que estar todo o tempo lidando; é um momento de risco, de muita atenção],
com educador sozinho com 18 crianças e com inclusão [de criança com
deficiência!]” E esta questão de um educador, eu não vou falar, mas eu tive
depoimento de várias escolas.
Outro depoimento: “A situação está precária
mesmo. Fui monitora no Município de Porto Alegre, em uma EMEI, acabei pedindo
exoneração porque não havia estrutura para trabalhar; se não saísse, adoeceria
[no outro depoimento também falaram em adoecimento]. Eu ficava sozinha com uma
turma de maternal I, 18 crianças, turno de seis horas. Impossível para os
profissionais e muito complicado para as crianças!” Muitas vezes é um
estagiário que fica sozinho.
Eu nunca vi uma situação dessas nas escolas
infantis próprias do Município de Porto Alegre, e nós estamos acendendo o sinal
vermelho faz tempo. Não sei como a Secretaria vai resolver, porque não fez o
concurso para monitor. Nós sabemos que o professor é um por turno, talvez
trabalhe com mais, mas nós podemos ter alguma calamidade. Nós temos turmas de
berçário – isso foi testemunhado para nós, em visita da CECE – que saem às 11h,
não têm turno integral; chega de manhã – a Séfora sabe muito bem –, às 11h ou
às 15h os pais têm de ir buscar no berçário, que deveria ser turno integral.
Então, nós estamos com o horário reduzido para os bebês nas escolas infantis
próprias. É inaceitável essa situação da Educação Infantil na cidade de Porto
Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Obrigada, Ver.ª Sofia Cavedon. Queríamos
anunciar aqui a presença da avó da Ver.ª Any Ortiz, a Sra. Asuncion Romacho
Ortiz. A senhora sinta-se cumprimentada por toda esta Casa.
Apregoo o Memorando nº 022/13, de autoria da
Ver.ª Jussara Cony, que solicita representar esta Casa nos dias 8, 9 e 10 de
maio, no Camping Municipal de São Lourenço do Sul. O evento é a 8ª Edição do
Mental Tchê 2013.
O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para
discutir a Pauta e depois prossegue em Comunicação de Líder.
O SR. ELIZANDRO
SABINO:
Sr. Presidente, inicialmente, na discussão preliminar de Pauta, em 1ª Sessão,
na discussão do Projeto de Lei de autoria da Ver.ª Séfora, queremos trazer a
nossa palavra de congratulação parabenizando a Vereadora pela iniciativa deste
Projeto. Logo estarei falando do Projeto que está em discussão na 2ª Sessão,
que obriga a exibição de vídeos educativos com conteúdo antidrogas na abertura
de eventos culturais.
O Sr. Nereu
D’Avila:
V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elizandro, em
primeiro lugar, parabéns pela iniciativa. O seu Projeto é muito interessante,
tem o nosso apoio, naturalmente agora vamos vê-lo tramitar. Como eu não vi o
Processo, só li aqui que está em 2ª Sessão de Pauta, eu gostaria de indagar V.
Exa., porque diz (Lê.): “Obriga a exibição de vídeos educativos com conteúdos
antidrogas em abertura de eventos culturais com grande público no Município de
Porto Alegre”. Repito, como eu não vi o Processo, pode ser que nele esteja mais
objetivado, porque, se não está o número, por exemplo, do que considera V. Exa.
“grande público”, de repente tem 500 pessoas e não é considerado grande
público. Então, pode ser que V. Exa. tenha delimitado no Processo a partir de
tantas pessoas, ou V. Exa. vai deixar ao alvedrio, porque aí quem vai avaliar
que é um grande público? Porque, por exemplo, para um auditório como o do
Centro Cultural, ali perto da Zero Hora, é pequeno. Ali, lotado, V. Exa.
consideraria um evento de grande público? Só quero ajudar V. Exa. na
clarividência do Projeto, ou seja, para que fique bem didático, expresso. A
partir de 200 pessoas, para mim, é grande público, no Centro Cultural Municipal
Lupicínio Rodrigues... Então só para ajudar V. Exa. e para colaborar, porque eu
acho a iniciativa muito importante e interessante, para que não se diga,
depois, que não foi feito porque não foi considerado grande público. Quero
colaborar com Vossa Excelência.
O SR. ELIZANDRO
SABINO: Agradeço,
Ver. Nereu, pela contribuição e, aliás, o Projeto, na sua tramitação, estará na
nossa Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, e, possivelmente, será um dos
objetos de indagação, justamente este ponto, que é a questão da aglomeração de
grande público. O Projeto elenca, entre os seus artigos e incisos, diversos
esclarecimentos, mas essa solicitação de V. Exa. é oportuna, e acredito que, no
decorrer da tramitação, nós estaremos exaurindo essa informação de forma
pontual. Realmente, o Projeto, no seu art. 1º, fala da obrigatoriedade da
exibição de vídeos educativos antidrogas na abertura de shows artísticos e eventos culturais em que haja aglomeração de
grande público para o fim de acesso, informação, conscientização, prevenção e
combate ao uso de drogas ilícitas. Portanto, V. Exa. traz uma parte de forma
pertinente e estaremos, na sequência dos dias, pontuando de forma a esclarecer.
Agradeço a contribuição do Vereador e, ao mesmo
tempo em que faço uma referência ao Ver. Alberto Kopittke e ao Ver. Engº
Comassetto, que também trouxeram a sua palavra de apoio a esse Projeto,
agradeço a manifestação no sentido de que essa iniciativa vem, justamente, a
contribuir com a nossa sociedade no que diz respeito às mais diversas classes
sociais e aos mais diversos níveis de faixas etárias que temos em nosso País.
Aqui em Porto Alegre essa questão da drogadição
se trata de um problema cultural, e o objetivo do Projeto é que, em apenas dois
minutos, haja a exibição de um vídeo educativo de forma a esclarecer, elucidar
e trazer uma conscientização sobre as consequências da utilização do uso de
drogas ilícitas. Essa iniciativa nós entendemos, Ver. Villela, que é uma arma
de combate à dependência química que estamos voltando para os nossos
adolescentes e jovens da cidade de Porto Alegre.
Portanto, neste ínterim em que me manifesto a
respeito da Pauta, falo a respeito deste Projeto, que está já na sua 2ª Sessão,
e aqui também parabenizo a Ver.ª Séfora, que traz aqui, de forma muito
brilhante, essa proibição às casas noturnas e locais de espetáculos de utilizar
as comandas ou cartões com pagamentos posteriores ao consumo; o valor consumido
pelos clientes deverá ser cobrado no ato do pedido ou mediante a aquisição de
fichas para posterior troca pelo produto e também mediante aquisição de um
cartão eletrônico ou crédito pré-pago recarregável, denominado por V. Exa. de
“cartão balada”. Parabéns pelo Projeto, pela iniciativa, que conta também com o
apoio da nossa Bancada do PTB.
Finalmente, quero me referir, Sr. Presidente, à
nossa Reunião da CCJ de ontem, que contou com a presença dos Vereadores
Bernardino Vendruscolo, Nereu D´Avila, Alberto Kopittke, Reginaldo Pujol,
Waldir Canal e este Vereador, quando recebemos a representação do Sindicato dos
Taxistas da Capital – Sintáxi e da Associação dos Permissionários de Táxi –
Aspertáxi. Aqui, ontem, no Plenário Ana Terra, sob a relatoria do Ver. Nereu D´Avila
– lá falei e, mais uma vez, reitero, Ver. Nereu –, brilhante relatoria, de
forma contundente, precisa e esclarecedora, tratamos a respeito do
monitoramento dos veículos integrantes da frota de transportes individuais por
táxi do Município de Porto Alegre.
Portanto, Srs. Vereadores, amigos e amigas que
nos assistem pela TVCâmara, este debate está nesta Casa, e a Comissão de
Constituição e Justiça o está enfrentando de forma pontual. São três Projetos
que tramitam nesta Casa, e um deles é o monitoramento através de um sistema de
GPS, com o que será possível, em todos os táxis porto-alegrenses, o aceite de
cartões de crédito e de débito, de forma a atrair os serviços para usuários que
hoje não são disponíveis nessa modalidade na cidade de Porto Alegre. Assim
agindo, assim sendo tornado efetivo o Projeto do nosso Executivo, nós teremos
uma forma também de combate à criminalidade, porque, a partir do momento em que
os taxistas passem a aceitar o cartão de crédito e o cartão de débito, de menos
dinheiro em espécie eles serão portadores em seus táxis, assim evitando atrair
os bandidos que, de uma certa forma, se valem dessas pessoas que estão no
exercício da sua profissão, muitas vezes indefesas, em locais longínquos, e são
atacadas de forma covarde. Portanto, esta Casa, através da Comissão de
Constituição e Justiça, presidida pelo Ver. Reginaldo Pujol, está enfrentado
esse debate. Muito obrigado, Sr. Presidente e todos os Sr. Vereadores e Sras.
Vereadoras.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Solicito ao Ver. Tarciso Flecha Negra
que assuma a presidência dos trabalhos, para que eu possa falar em Comunicação
de Líder pelo PSD.
(O Ver. Tarciso Flecha Negra assume a
presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Tarciso Flecha Negra): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, venho falar hoje em Liderança e agradeço-lhe, Ver. Tarciso Flecha
Negra, por me dar esta oportunidade. Ver. Guilherme Socias Villela, o seu
artigo de hoje, em jornal de grande circulação no Estado do Rio Grande do Sul,
foi de uma inteligência e de uma profundidade, e só mesmo alguém com a sua
estatura poderia ser autor de um artigo tão belo que trata da derrubada de
árvores aqui em Porto Alegre. Realmente, V. Exa. ali chama a atenção daqueles
que silenciam, daqueles que estão quietos. Aliás, diga-se de passagem, ficar
quieto é um conforto extraordinário, e é isso que nós muitas vezes lamentamos,
aqueles que costumeiramente não tomam partido, não opinam sobre nada. Vossa
Excelência vem com muita profundidade, busca, com certeza absoluta, sua
experiência ao longo dos anos, até porque é o maior responsável pelas obras que
temos, até então, aqui na orla do Guaíba. Eu me senti na obrigação de fazer
este registro, Vereador, Prefeito Guilherme Socias Villela.
Sabe V. Exa. que eu venho há muito tempo
pensando em algo, mas até hoje não tive condições de propor a esta Casa, por
falta de conhecimento técnico na área que trata da preservação ambiental, ainda
que tenha um sentimento profundo sobre a necessidade disso. Muitas vezes, nós
temos que admitir a dificuldade técnica de propor algo mais progressista, e eu
quero fazer este convite a Vossa Excelência. Da forma que está hoje, entendam,
colegas Vereadores e Vereadoras, quem tem um terreno, quem tem um sítio, quem
tem uma chácara, quem tem uma área não edificada, pensa dez vezes em plantar
algo lá, em plantar uma árvore, porque, depois que planta, vira escravo daquela
árvore. É aí que este Vereador discorda, e eu gostaria muito de enfrentar este
assunto com mais profundidade e propor algo mais inovador, que incentivasse as
pessoas a plantarem. Nós não podemos tirar o direito daquele que planta de um dia
dar um destino àquela terra que é sua, àquele patrimônio que é seu. Da forma
que está, ninguém mais vai plantar nada, este é o meu sentimento; ninguém mais
vai plantar. Aquele que tem um sítio, por exemplo, na Zona Sul, local que está
sendo bastante edificado, não vai plantar nada, porque, se um dia precisar
negociar, precisar vender, precisar autorizar ou precisar construir naquela
área, vai ter, com certeza, diminuído o poder de valoração daquela área,
porque, na área, haverá muitas árvores que não terão condições de ser podadas
ou até derrubadas, removidas, para as construções, enfim, aquele negócio todo.
Eu acho que há um grande equívoco aí, nós precisaríamos criar uma legislação
que incentivasse o plantio e desse uma certa garantia àquele que planta no
sentido de que, se um dia ele precisar usar a sua área, o seu patrimônio, que
ele possa usar, porque, do jeito que está, quem planta, com certeza, vai ter
uma desvalorização do seu patrimônio em termos de valor imobiliário.
Por isso, Prefeito Guilherme Socias Villela,
primeiro eu o cumprimento pelo belo artigo que circula em um jornal daqui da
Capital e do Estado do Rio Grande do Sul, com muita propriedade, com autoridade
no assunto e com o currículo que só o senhor tem. E eu o convido, assim como
convido todos os Vereadores, para que tenhamos condições de fazer uma parceria;
poderíamos buscar uma parceria com os nossos ambientalistas no sentido de
construir algo que possa trazer uma certa segurança aos donos de imóveis e, com
isso, incentivá-los a plantar. Porque, da forma que está, tenho a impressão de
que nem os futuros Prefeitos vão plantar mais, porque, o dia em que precisarem
fazer uma obra de melhoramento na Cidade, os próprios Prefeitos serão escravos
do seu passado. Se o senhor fosse Prefeito hoje, Ver. Guilherme Socias Villela,
seria escravo do seu belo trabalho do passado. Parabéns.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Tarciso Flecha Negra): Devolvo a presidência dos trabalhos ao
Ver. Bernardino Vendruscolo.
(O Ver. Bernardino Vendruscolo reassume a
presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Caro
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, lastimo que a Ver.ª Sofia
Cavedon não esteja aqui, porque ela falou há pouco a respeito de uma escola
infantil em que ela esteve. E é importante situar os fatos. Eu pergunto aos
senhores: após o horário normal de uma escola, é comum que as crianças fiquem
esperando os seus pais, responsáveis, irmãos para levá-los de volta para casa?
Será que todas as escolas particulares continuam com todo o seu corpo docente
ali? Não, porque é um grupo diminuto; à medida que vai saindo, vai esvaziando,
então, eles ficam concentrados. É isso que ocorre. Querer manter todo um staff para algumas crianças! Admira-me
muito, porque ela foi Secretária e sabe que não tem recurso público suficiente
para manter isso, e, além disso, é contraproducente. Então, quero fazer esse
registro.
Mas venho agora colocar um outro fato que está
me deixando bastante indignado. No Colégio Protásio Alves, no curso Pós-Médio
de Informática, pasmem, 21 alunos, há um ano, estão esperando para concluir o
Pós-Médio, porque não tem professor! Hoje, estive conversando com a Diretora
Patrícia Wolf e com a Vice-Diretora Maria Flávia dos Reis. A Diretora me disse
assim: “Olha, Vereador, eu assumi a Direção neste ano, sei do problema, mas nós
não temos professor”. E eu disse: Quem vai ressarcir esses 21 que estão
querendo entrar no mercado de trabalho, e não tem professor? Então, aqui, eu
gostaria de ouvir da Ver.ª Sofia Cavedon – o seu atual Secretário é da mesma
corrente dela, democracia socialista –, porque, em uma escola aqui do lado, a
Escola Protásio Alves, 2.400 alunos não tem professor de PHP – linguagem de
programação -, e não têm perspectivas? Comuniquei à Diretora que nós vamos
fazer uma audiência aqui na Câmara, na Comissão de Educação, e, ato contínuo...
(Aparte antirregimental do Ver. Reginaldo
Pujol.)
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Dois
mil e quatrocentos alunos, mas 21, Ver. Reginaldo Pujol, há um ano, não se
formam porque faltou docente nessa disciplina. É só isso que falta para a
conclusão do Pós-Médio. Ou seja, deixam de entrar no mercado de trabalho por
uma disciplina. Então, nós vamos fazer uma Audiência Pública aqui na Câmara.
Falei para a Diretora, que, ato contínuo, se não resolver, levarei os 21 ao
Ministério Público para que este possa cobrar. Além disso, uma ação junto ao
Procon estadual para buscar uma indenização a esses alunos que, há um ano,
gostariam de estar trabalhando e não conseguem por falta de uma disciplina. A
Diretora me disse que entrou no início do ano e que, até agora, realmente não
veio professor. Ela me disse: “O que eu posso dizer ao senhor é que, se não
vier professor, não abriremos esse curso para o próximo semestre”. É a solução?
Desses não, mas, pelo menos, é uma solução de não continuar enganando futuras
pessoas que querem se aprimorar. E aqui eu faço essa solicitação, o apelo à minha
colega, Ver.ª Professora Sofia Cavedon, da DS, que ela fale com o seu
Secretário José Clóvis, que coloque um Professor no Colégio Protásio Alves –
estou dando aqui o nome –, para que esses alunos possam, pelo menos, concluir
algo que já deveriam ter feito há um ano.
Agora há uma nova turma que vai se formar e
também não tem essa disciplina, ou seja, está aumentando o passivo de
responsabilidade social com esses alunos. Como é fácil colocar um assunto
dimensionando de uma maneira totalmente errada quando há outro assunto que não
se traz à pauta. Então, venho de público fazer esse relato. Esperamos as
providências cabíveis. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Muito obrigado, Ver. Professor Garcia. O
Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, em verdade, era nossa intenção
participar do debate, da discussão preliminar, sobre os vários assuntos hoje
constantes em Pauta. O dia de hoje foi sobremaneira inusitado aqui na Casa. Na
segunda-feira, nesse horário, nós não havíamos entrado na Ordem do Dia, fomos
entrar nesse período por volta de 5h da tarde. Hoje, diferentemente do que faço
todos os dias, cheguei aqui às 14h30min, porque fui me vacinar, a vacina que os
velhos são obrigados a fazer – e devem fazer – e, com isso, me atrasei e não
estava aqui às 14h. A Sessão, normalmente, começas às 14h15min aqui e, às
14h30min, não se cogita entrar na Ordem do Dia. Para minha surpresa, já havia
ocorrido a chamada para a Ordem do Dia. Faltou a presença de uma pessoa para
que ela pudesse ser desdobrar. E tinha, entre outros assuntos, um processo que
os servidores do DMAE tem, angustiadamente, nos cobrado uma decisão, porque
está há 90 dias aqui na Casa. Mas não é só disso que eu pretendia me ocupar
aqui na tribuna, até que fui surpreendido, literalmente, por essa manifestação
do Professor Garcia, um homem sabidamente equilibrado e que até chegou a se
exaltar ao focalizar um assunto que é surpreendente! Ora, com todo esse
discurso que ocorre de valorização da educação, sabermos que essa situação se
oficializa e se eterniza por mais de um ano e que tem 21 jovens com condições
plena de concluírem o curso específico que estavam, lá no tradicional Protásio
Alves, realizando, sem poder fazê-lo, em função de uma deficiência estrutural
que se alastra por um ano, Ver. Tarciso! É verdade que tem que se exaltar
mesmo, Ver. Garcia! Tem que ter indignação nesse propósito! Vossa Excelência
cobra da Ver.ª Sofia, que é uma crítica do Governo do Município. Eu, hoje,
estava com medo que ela fosse condenar o Município pelo problema do leite
contaminado que surgiu, porque arruma um jeito de responsabilizar o Fortunati
por tudo na Cidade. Certamente, não conseguirão responsabilizá-lo por essa
falha grosseira, lamentável, condenável que ocorreu no Colégio Protásio Alves,
colégio padrão no Rio Grande do Sul por longos anos, que agora apresenta essa
deficiência, que leva a Diretora a dizer humildemente ao Ver. Garcia que se
continuar assim vai aumentar o passivo, não podendo formar uma nova turma, que
complementaria as condições agora em julho. Com isso, o problema vai se agravar
muito mais. Então, eu não vou cobrar da Ver.ª Sofia, eu vou cobrar do Governo
do Estado do Rio Grande do Sul, do nosso grande Governador Tarso Genro, que foi
ao Oriente Médio levar arroz aos palestinos, para que ele traga educação para
os gaúchos, que assegure o mínimo daquilo que é estrutural, que faz parte de uma
programação que vem de longe. Esses meninos estão dependendo desse semestre
para se formar, nesse último ano, dessa derradeira cadeira. Eles estão há oito
anos se preparando para isso; agora chega no fim e são surpreendidos por isso.
Então, Sr. Presidente, a sinetinha já me adverte
que o meu tempo se encaminha para se esgotar. Eu agradeço a tolerância e sei
que V. Exa. vai reconhecer, como nós, que se trata de uma situação lamentável,
que nós não gostaríamos de utilizar este microfone para dela nos ocupar. Mas a
manifestação do Ver. Garcia nos compele a secundá-lo nesse clamor,
cumprimentando-o pelas medidas que está tomando e dizendo que temos que mais
fortemente responsabilizar o comandante do processo político do Estado, o
Governador do Estado, que viaja para todo lado, diz que vai buscar novas
empresas aqui para o Rio Grande, mas eu só vejo empresas fechando e não
abrindo. Aliás, o Estado não difere da Nação, que vive um dos seus piores
momentos da economia, com a repetição do déficit na balança comercial, que
agudiza muito mais ainda a crise que já se desenha como pavorosa. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Realmente, hoje não conseguimos entrar
na Ordem do Dia, Ver. Reginaldo Pujol, faltou um voto. A sua ausência foi
justificada, nós a aceitamos, assim como a ausência dos demais Vereadores que
estão acompanhando o velório da irmã do nosso colega Delegado Cleiton.
O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Prezado
Ver. Bernardino Vendruscolo, meus colegas Vereadores, eu venho aqui, em nome da
minha Bancada, a do Partido dos Trabalhadores, para dizer que, hoje pela manhã,
tivemos a satisfação de receber, para o trabalho que realizamos todas as
quartas-feiras, o Delegado Ranolfo Vieira, que é o Chefe da Polícia Civil do
Rio Grande do Sul. Veio até a Bancada para fazermos um debate sobre a Segurança
no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre, Ver. Brasinha.
Hoje e nos próximos dias, vou tratar de um
conjunto de temas relacionados à Segurança do Estado, da evolução da Polícia
Civil e das eficácias que temos conseguido alcançar, principalmente se
compararmos períodos anteriores aos do Delegado Ranolfo. Temos a clareza de que
ainda temos que caminhar muito para buscar a perfeição ou a segurança mais
próxima do que todos nós exigimos, que o Estado esteja presente em todos os
temas.
Eu não vou falar da Brigada Militar, que, há 15
dias, destinou mais 550 soldados para patrulhar as ruas de Porto Alegre. Se os
senhores e as senhoras andarem pelas ruas, em muitos lugares em que não
encontravam PMs, hoje, os encontrarão, o que é uma exigência da estrutura e da
sociedade do Rio Grande do Sul.
A categoria dos trabalhadores da Polícia Civil
há muito tempo vinha exigindo equiparação dos seus salários. E nós recebemos,
aqui, Ver. Reginaldo Pujol, o Delegado Müller, no ano passado, ele e toda a sua
comitiva que batalhavam, pedindo o nosso apoio. E a Câmara deu apoio.
Inclusive, num debate que fazia com o meu Governador naquele período, buscava
uma equiparação com os Promotores e os Juízes para os Delegados. Esse tema foi
conquistado dentro de um calendário de quatro anos para haver a equiparação dos
Delegados no Rio Grande do Sul – reivindicação antiga, Ver.ª Mônica Leal, V.
Exa. que é descendente do Pedro Américo Leal, um homem que sempre batalhou e
defendeu muito o tema da Segurança pública. Também, dentro da Polícia Civil,
saiu a aposentadoria especial, com dois decretos do Governador Tarso Genro, no
ano de 2011. A Lei dos Subsídios para os Delegados, da Polícia que acabei de
referir, e também para os Agentes da Polícia, no ano de 2002, que foi lei
discutida e aprovada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.
E aqui um outro tema muito importante: a criação
de novos cargos e as promoções. Só nos anos de 2011 e 2012 foram criados 1.541
novos cargos na Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul. E se nós
compararmos as promoções realizadas na Polícia Civil do Estado, do ano de 2007
ao ano de 2010, foram 1.053 promoções; e do ano de 2011 ao ano de 2013, foram
3.753 promoções. Isso significa valorizar a categoria dos trabalhadores da
Segurança pública da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Portanto, Ver.ª
Mônica, V. Exa. que participou do Governo Yeda, são importantes esses números.
No Governo Yeda foram 1.053 promoções na Polícia Civil; no Governo Tarso são
3.753 promoções. São 2.700 promoções a mais do que o Governo anterior...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. ENGº
COMASSETTO: ...Peço
desculpas, Presidente. Quero só dez segundos para concluir minha fala. E aqui
tem uma questão importante que todos nós defendemos e trabalhamos: a questão do
funcionalismo. Se não houver funcionalismo satisfeito, tendo segurança no seu
ganho, com plano de carreira e equiparação, não conseguimos qualidade em
nenhuma estrutura pública, seja na Segurança, seja na aprovação de projetos,
seja na Educação e assim por diante. Eu me refiro, hoje, exclusivamente, às
conquistas que a categoria da Polícia Civil conseguiu no Estado do Rio Grande
do Sul e em Porto Alegre. Nos próximos dias, continuarei trabalhando aqui este
relatório trazido hoje à nossa Bancada pelo Delegado Ranolfo Vieira. Aí, Sr.
Presidente, levarei à Mesa, na segunda-feira, e estendo a V. Exa., Ver.
Bernardino Vendruscolo, a disposição que o Chefe de Polícia do Rio Grande do
Sul coloca, de vir a esta Casa, numa quinta-feira, para poder debater com todos
os colegas Vereadores e Vereadoras. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Luiza Neves está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA. LUIZA
NEVES:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste pela
TVCâmara, senhoras e senhores, registro a presença neste plenário de uma grande
amiga, Ver.ª Jaqueline Possebom, da cidade de Santo Ângelo, que está em Porto
Alegre participando de um encontro, na Assembleia Legislativa, de Legislativos
da Região das Missões. Bem-vinda, Ver.ª Jaqueline, é uma honra recebê-la aqui.
(Palmas.) Ela se encantou com o nosso plenário, achou muito bonito, ela não
imaginava, só conhecia por fotos e achou muito bonito, estamos realmente bem
servidos.
Ocupo a tribuna nesta tarde para falar de alguns
assuntos, e um deles é me adiantar e parabenizar as mães pelo “Dia das Mães”.
Ontem realizamos, aqui neste plenário, uma Sessão Solene alusiva ao Dia das
Mães e, na ocasião, Ver.ª Séfora Mota, homenageamos a mãe de um sobrevivente da
tragédia da boate Kiss, que é a Sra. Zilda Patat. Tivemos a honra de recebê-la
aqui compondo a Mesa, acompanhada pelo seu filho Guilherme, que sobreviveu
depois de muitos dias no HPS - foi um dos últimos sobreviventes a deixar o hospital.
Eles conseguiram participar dessa solenidade em homenagem aos Dias das Mães,
foi bem emocionante. Lembrava do seu Projeto, Ver.ª Séfora, sobre as comandas,
e de tantos outros projetos dos colegas sobre as casas noturnas, sobre todo o
sistema de prevenção contra incêndios nos estabelecimentos que recebem público,
algo marcante nesses últimos dias em que temos revivido várias tragédias.
Lembrava também, ontem, dos socorristas – temos também um Requerimento de uma
Moção, de autoria do Delegado Cleiton, sobre os socorristas da tragédia –, eu
lembrava que os bombeiros que ali estiveram, quando perguntados sobre o que
mais os traumatizou, os marcou, responderam que foi, ao entrarem no local,
deparando-se com aqueles corpos, com aquela escuridão, aquelas dezenas de
celulares tocando sem parar. Quem é mãe sabe disso, para mim também foi alguma
coisa bem tocante, porque, em alguns celulares que os bombeiros pegaram, havia
cento e poucas chamadas, mães desesperadas querendo ouvir a voz do seu filho,
da sua filha que estava naquele local, mas, infelizmente, não recebeu o
retorno. Que nesta semana possamos fazer uma reflexão sobre este tema, sobre as
casas noturnas, sobre sua legislação e, já que estamos na semana das mães, que
esse tema seja um chamamento para nós, como Parlamentares que estão aqui para
fiscalizar, para criar leis, leis que realmente venham trazer conforto,
benefício, tranquilidade para toda a comunidade, para todo o porto-alegrense.
Finalmente, gostaria de lembrar, Ver. Brasinha,
de que hoje foi publicada, num jornal de grande circulação do Estado, a
polêmica do seu Projeto. Eu sou favorável, já vou antecipar, ao Projeto que
institui que seja alterado o limite de velocidade em algumas vias da Cidade.
Quem já levou multa sabe, às vezes, que há lugares em que não há necessidade de
reduzir a velocidade, e, se está com pressa, há fluidez no trânsito. É um
Projeto polêmico, Ver. Brasinha, meus parabéns pela iniciativa, com certeza vai
ter a nossa aceitação e a nossa parceria neste Projeto. Quero agradecer e
parabenizar todas as colegas mães, todas as mães que estão nos assistindo pela
TVCâmara...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA. LUIZA
NEVES: ...à
Ver.ª Jaqueline Possebom, que é mãe também, parabéns! Desejo que Deus abençoe a
todos! Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra para
uma Comunicação de Líder. (Pausa.) Mais algum Vereador, mais alguma Bancada se
inscreve em Liderança? (Pausa.)
Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 15h55min.)
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